SAMBA URBANO PAULISTANO Vol. II

Samba Urbano Paulistano Volume II


"O Samba do Sino canta o enredo que enverada 
para o samba paulista contemporâneo denominado 
como Samba Urbano Paulistano"



Com este projeto o Grupo de Sineiros enverada pelos caminhos que nos levam ao Samba Urbano Paulistano, demarcando a fonte em que se bebe da água mais pura - o Samba Rural ou Samba de Bumbo de Pirapora considerado o Berço do Samba de São Paulo. O modo caipira de sambar nos cafezais, as influências na formação de um samba característico e único no universo “sambistico”.

 As festas a Bom Jesus de Pirapora foram a concentração desta cultura popular rompendo barreiras e transformando-se no marco zero de Resistência durante anos e foi transmitido principalmente através da oitiva pelos seus “sambadeiros” e batuqueiros.

O interior de São Paulo é carregado de comitivas de comemorações em louvor aos santos e as tradições, como a Folia de Reis, A Congada, Catira e muitos outros. Nas fazendas, ao redor das igrejas, festa à Bom Jesus de Pirapora, São Benedito e Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, por exemplo.

O Samba do Sino canta o enredo que envereda para o samba paulista contemporâneo denominado como Samba Urbano Paulista. A crise do café impulsiona uma forte migração de negros, mestiços e trabalhadores humildes da zona rural para áreas urbanas da capital paulista, principalmente para os locais de alagamento do rio Tietê onde era possível se instalar com recursos escassos - Barra Funda, Vila  Maria,   Campos  Elíseos,  Glicério,  Largo   da Banana, etc.

 Aliada a proibição dos encontros na cidade de Bom Jesus de Pirapora, a prática dos batuques se espalha pela periferia da capital e sofre com a repressão policial da “Casa Grande”. A mídia promulgada pela estatal Rádio Nacional – Varguista, se constitui também em barreira proibitiva, trazendo sem sua grade apenas os sambas que vinham sendo praticados na cidade maravilhosa então capital brasileira.

  A Moda Caipira participa deste processo, como podemos observar os Sambas de Raul Torres que é mais conhecido por suas Modinhas Paulistas. Há estudos que defendem a influência desta forma de compor – dramas rotineiros da cidade, nas composições de Adoniram Barbosa e seu admirador confesso Paulo Vanzolini.

 O Samba elaborado pelos engraxates e que também embalavam as Rodas de Tiririca, na Praça da Sé, Tucuruvi, etc. forma compositores e sambistas que migraram para os cordões, mais a frente transformados em Escolas de Samba por imperativo público municipal.

O Enredo das Festas Profanas Religiosas, adornada do Sincretismo religioso – hoje chamado também de Inculturamento, Samba de Bumbo de Pirapora, Influência da Moda Paulista, Samba dos Engraxates e Roda de Tiririca impulsionam o surgimento do Samba Urbano Paulistano.


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