SINOPSE
Osvaldinho da Cuíca é um dos maiores expoentes do Samba de
São Paulo e do Brasil. Sua expertise, fruto da própria fonte da cultura
“sambistica”, em especial de São Paulo, desde o samba rural e de Pirapora, dos
engraxates e a Tiririca até as Escolas de Samba, acumula um conhecimento sem
precedentes. Passeia pelos instrumentos musicais utilizados no samba e suas
origens, defende que a frigideira é o único instrumento de percussão
genuinamente brasileiro. Enfatiza que criamos formas de tocar vários deles,
como o pandeiro e a cuíca, sendo Doutor neste último devido a sua tamanha
destreza.
Sua poesia rural e contemporânea enriquece nosso repertório
nacional. Nos passos improvisados do samba (dançar samba é improviso), fazendo
“letra” no samba assina sua performance. São Paulo tem como origem o Samba
Rural ou o Samba de Pirapora – Berço do Samba de São Paulo, na sua migração
para área urbana traz O Samba Caipira, Tiririca e Samba Enredo. Todas estas
influências formam o Samba Urbano Paulistano. Osvaldinho da Cuíca é isso tudo.
JUSTIFICATIVA
O Samba do Sino traz em sua trajetória a preocupação em
manter acesa a chama da Cultura Popular Brasileira, em especial o samba. Neste
contexto estão inseridas as culturas que influenciaram o gênero em todo o
território nacional, com um sotaque do Samba construído no estado de São Paulo
que é muito particular. De tal forma que é difícil desassociar a reza,
vestimenta, vocabulário, comidas, bebidas, os batuques de samba em seus temas
poéticos. Misturado através de um intercâmbio regional, ocasionados por visitas
trocadas, juntam-se num grande “caldeirão” cultural.
Justifica-se apresentar estes “sabores” musicais e a
importância das culturas que influenciaram e ainda influenciam o gênero,
preservando suas características regionais, para evitar a dissociação, pois é
parte integrante do mesmo processo criativo de identidade cultural, que uma vez
separados não irão representar centenas de anos do emaranhado em que estão
intrinsecamente ligados, a tal ponto que suas ligações se tornariam
indecifráveis em futuro não muito distante.
Sinopse, Formação e Projeto Samba do Sino na Garoa

Sinopse
Corredeiras
do Rio Tietê, 1725 é encontrada a imagem de madeira. Nasce Pirapora, as
romarias trazem várias manifestações culturais. No local passam a acontecer encontros de
batuqueiros negros de várias cidades do interior de São Paulo, coroa-se Pirapora do Bom Jesus que é considerada berço do samba paulista. O bumbo ou zabumba passou a ser o instrumento de
destaque nos encontros dos “barracões”. Mas a derrubada destas “edificações” quebra
a efervescência local. A crise da lavoura cafeeira demanda uma migração forçada
para os alagados do Tietê na capital. Ainda iriam sofrer o preconceito e
discriminação cultural. Vários redutos emergem. Com destaque para os cordões
carnavalescos, Largo da Banana, Barra Funda, Glicério, os engraxates da Praça
da Sé e Escolas de Samba. Dessa festa de batuqueiro rural e de bumbo, evolui o
enredo com os sambas paulistas, na ala de compositores a Velha Guarda e Nova
Guarda, propiciando um desfile de gala na grande avenida cultural, com a
concentração no interior paulista, o recuo de seu batuque em Pirapora do Bom
Jesus e a dispersão nos alagados do Tietê e baixadas da capital paulista. Esse
é o Roteiro de nosso “livro” de história musicado.
Justificativa
O
Samba do Sino traz em sua trajetória a preocupação em manter acesa a chama da
Cultura Popular Brasileira, em especial o samba. Neste contexto estão inseridas as culturas que influenciaram o gênero em todo o território nacional, com um
sotaque do Samba construído no estado de São Paulo, O Samba Rural Paulista
conforme nomeou Mário de Andrade, ou, Samba de Bumbo de Pirapora conforme
registro de Patrimônio Imaterial e Cultural do Estado de São Paulo. Assim,
festas religiosas como de São João, Santo Reis, Nossa Senhora Aparecida, Bom
Jesus, Nossa Senhora dos Homens Pretos e São Benedito, abriam os trabalhos de
encontros de grupos de samba em várias cidades do interior paulista, onde
estavam juntos os negros e brancos caipiras. De tal forma que é difícil desassociar
a reza, vestimenta, vocabulário, comidas, bebidas e os batuques de samba.
Misturado através de um intercâmbio regional, ocasionados por visitas trocadas,
juntam-se num grande “caldeirão” cultural, onde estão também o Cururu, Tambu,
Jongo, Umbigada, Lenço, etc.
Justifica-se
apresentar estes “sabores” musicais e a importância das culturas que
influenciaram e ainda influenciam o gênero, para evitar a dissociação, pois é
parte integrante do mesmo processo criativo de identidade cultural, que uma vez
separados não irão representar centenas de anos do emaranhado em que estão
intrinsecamente ligados, a tal ponto que suas ligações se tornariam
indecifráveis em futuro não muito distante.
Com
várias apresentações na bagagem, entre elas circuito municipal da São Paulo,
como SESC, Virada Cultural, Galeria Olido, Rua do Samba, Samba de Vitrine,
Aniversário da cidade, Comemoração Dia do Samba, Dia da Consciência Negra, Teatro
Flávio Império, Tendal da Lapa Centro Cultural, Casa Jongo Reverendo, Casarão
da Mariquinha em Mogi das Cruzes, Opereta de Poá, no Estado pela Virada
Cultural Estadual nas cidades de Joanópolis, Ibitinga, e em Guarulhos fazendo a abertura Palco de Daniela Mercury, Revelando São
Paulo, Festa do Peão de Barretos, Festa da Cultura Afro Brasileira, entre outros,
o grupo de Sineiros agrada pelo seu coral feminino em uníssono, uma batucada
educada e um duo de cordas, temperados por um repertório atentamente escolhido
para cada ocasião.
Projeto Samba do Sino na Garoa
A primeira formação do Samba do
Sino acontece em dezembro de 2008, idealizado por Carlos J Fernandes Neto –
músico, professor e agente cultural, e, apoiado por um grupo de pessoas
comprometidas no fomento da Cultura do Samba, suas histórias, seus compositores
e interpretes, e também em manter acesa a chama da Cultura Popular Brasileira,
contando e cantando os sambas de todo o território brasileiro, da Velha Guarda
aos Novos Compositores, pois o Samba Presente Não Esquece o Passado, deixando
prevalecer o sotaque do samba paulista, do rural ao urbano.
Em seu primeiro CD “Samba do Sino na Garoa” o grupo gravou
somente compositores de São Paulo, uma grande festa dos sambistas da terra da
garoa. Dessa festa de batuqueiro rural e de bumbo, evolui o enredo com os
sambas paulistas, na ala de compositores a Velha Guarda e Nova Guarda,
propiciando um desfile de gala na grande avenida cultural, com a concentração
no interior paulista, o recuo de seu batuque em Pirapora do Bom Jesus e a
dispersão nos alagados do Tietê e baixadas da capital paulista. Esse é o
Roteiro de nosso “livro” de história musicado.
Este primeiro volume encabeça o Projeto
“Samba do Sino na Garoa” com uma sequência de mais dois espetáculos “Samba
Urbano Paulistano Volume II” e “Samba Caipira Volume III”.
O grupo de
“Sineiros” impressiona pela seleção
de seu repertório, interpretação de um coral feminino em “uníssono”, batucada
cadenciada e dueto de cordas. Um espetáculo para degustar e apreciar.
Samba do Sino na
Garoa Volume I
Um
recorte possível sobre a história do Samba de São Paulo, trazendo desde o
primeiro samba paulista gravado. O Samba da cidade de Pirapora - Berço do Samba
Paulista. As migrações forçadas para as áreas dos alagados do Tietê na Capital,
o Largo da Banana, Barra Funda, Glicério, Alameda Glete. A influência do
Governo Federal de Getúlio Vargas e a estatal Rádio Nacional de alcance a todo
território nacional. Grandes Sambistas Paulistas como Geraldo Filme, Adoniram
Barbosa, Osvaldinho da Cuíca, Carlinhos Vergueiro, Eduardo Gudin, Paulo
Vanzolini, Germano Matias, Kiko Dinucci, Osvaldo Arouche, Walter Pinho, e
também composição autoral de Carlos J Fernandes e Luís Grillo. Este Volume deu
origem ao primeiro CD do Grupo intitulado “Samba do Sino na Garoa”.
A direção musical e os arranjos são do músico, compositor e instrumentista Marcelo Menezes e produção Aldo Di Julho. Participaram desta gravação nomes de destaque do gênero com Alexandre Ribeiro, Mariana Zwarg, Salomão Soares, Rafael Esteves, Barão do Pandeiro, Allan Abadia, Carol Panesi, Paulino Dias e participação especial de Osvaldinho da Cuíca. Gravado nos Estúdios Guidon em São Paulo.
Samba Urbano Paulistano Volume
II.
Devido
principalmente a crise do café, os trabalhadores rurais do interior do estado
desembarcam na capital paulista, trazendo sua Cultura, entre elas o Samba de
Bumbo de Pirapora ou Samba Rural. O sincretismo desenvolvido pelos Jesuítas
objetivando convencer os negros à sua religiosidade, também demarca uma
possibilidade deles poderem, de forma discreta, se expressar culturalmente,
comemorando suas festividades, como exemplo a Folia de Reis e a Congada. Essa
cultura está presente e foi incorporada no saber destes artistas.
Na
metrópole o etilo é influenciado pela Modinha Paulista, o Samba dos Engraxates,
A Tiririca e O Samba Enredo. O Terreiro de Tia Olímpia (Dona do Samba), Zé
Soldado, Praça da Sé, Largo da Banana e Tucuruvi. É neste contexto que trazemos
o Samba de Geraldo Filme, Raul Torres, Adoniran Barbosa, Paulo Vanzolini,
Osvaldinho da Cuíca, Toniquinho Batuqueiro, Germano Matias e Kiko Dinucci.
O Samba Caipira, Volume III
A
influência da Modinha Caipira Paulista, os compositores do Interior e suas
Composições. Os artistas paulistas fazem adaptações das músicas que tocavam na
Rádio Nacional Estatal, compondo letras com forte apelo do cotidiano, e suas questões
sociais, tendo como base as melodias já consagradas e as vendiam como folhetos
para arrecadar e se comunicar com a população. Muitos compositores foram influenciados
por este artificio. Adoniram Barbosa foi um deles, Paulo Vanzolini, admirador
confesso de seu Rubinato também. Muitos outros compositores e interpretes da
Música Sertaneja Paulista também se arriscaram no Samba, como o maestro
Marcello Tupinambá (Pai da Música Brasileira) e Raul Torres. Nesse Volume
também é feita uma homenagem ao paulista Vadico, parceiro mais constante de
Noel Rosa.
O Sino
O Sino surge devido à dificuldade em encerrar o Samba às 22h, pois era realizado em bairro residencial. Vem então a ideia de se utilizar um sino para indicar o final do samba. Ai começaram a dizer: –“Vamos naquele samba, aquele que o cara toca o Sino...” Assim acaba-se adotando o nome Samba do Sino. Houve a aceitação e respeito geral e assim se conveniou tocar o Sino para começar e para terminar o Samba